Riohacha: onde sopram os ventos da cultura wayuu
Riohacha: onde sopram os ventos da cultura wayuu
Confesso que quando aterrei em Riohacha numa tarde ventosa de julho de 2024, não sabia bem o que esperar. Tinha visto algumas fotos no Instagram, claro, mas aquelas imagens filtradas de praias douradas e mulheres wayuu com mantas coloridas não me prepararam para a realidade que encontrei. O aeroporto é pequeno, quase íntimo, e logo à saída senti aquele vento característico do Caribe colombiano que parece carregar histórias de séculos.
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Para ser sincero, a minha primeira preocupação foi completamente prosaica: o sinal de internet era fraquíssimo e eu precisava de confirmar a reserva do hotel. Ali estava eu, com o telemóvel levantado ao ar como um turista perdido, enquanto tentava perceber se tinha mesmo um quarto reservado ou se ia passar a noite ao relento. É engraçado como estas pequenas ansiedades modernas podem dominar os primeiros momentos de uma viagem que promete ser transformadora.
O contraste visual foi imediato e desconcertante. De um lado, via a modernidade urbana típica de qualquer cidade colombiana – carros, semáforos, lojas com nomes em inglês. Do outro, mulheres wayuu caminhavam pelas ruas como se o tempo não tivesse passado, carregando cestos tradicionais e vestindo as suas mantas características. Espera, agora lembro-me… foi quando vi a primeira mulher wayuu com as suas cores vibrantes que percebi que não estava numa cidade qualquer.
Este artigo vai levar-te através da minha descoberta de Riohacha, desde as primeiras deceções até às surpresas que mudaram completamente a minha perspetiva sobre turismo cultural. Não vou mentir-te sobre os desafios práticos, nem romantizar excessivamente uma cultura que merece respeito, não folclorização. O que vou partilhar são as lições que aprendi, os erros que cometi e as descobertas que só acontecem quando deixamos as expectativas de lado.
A primeira deceção (e como ela se transformou numa lição)
Confesso que fiquei um bocado desiludido quando cheguei ao centro histórico de Riohacha. Tinha na cabeça imagens de Cartagena ou Villa de Leyva – aquelas cidades coloniais perfeitamente preservadas que aparecem em todos os guias de turismo da Colômbia. Em vez disso, encontrei uma cidade que parecia ter crescido sem um plano muito definido, com edifícios modernos misturados com construções mais antigas, algumas em estado questionável.
O calor era sufocante (e isto vindo de alguém que já passou verões em Évora), mas o que mais me incomodou foi a sensação de estar a aplicar as lentes erradas. Estava à procura de arquitetura colonial quando deveria estar a observar pessoas. Foi um erro típico de turista europeu, devo admitir – essa tendência para valorizar pedras antigas mais do que culturas vivas.
Enquanto escrevo isto, acabei de ver no Instagram uma foto minha desse primeiro dia, com uma cara de quem não está muito impressionado. Que ironia. Se pudesse voltar atrás, diria ao João de julho de 2024 para guardar o telemóvel e prestar mais atenção aos sons da cidade: o espanhol misturado com wayuunaiki, o barulho dos autocarros coloridos, o pregão dos vendedores ambulantes.
A mudança de perspetiva começou no mercado público, quando um senhor wayuu me abordou para vender umas pulseiras. Em vez de fazer a venda rápida que eu esperava, começou a explicar-me o significado de cada cor, a importância dos padrões geométricos na cosmologia wayuu. A conversa durou quase uma hora, e percebi que estava diante de um professor de antropologia disfarçado de vendedor ambulante.
Dica de ouro para quem vai: Não chegues a Riohacha à espera de encontrar uma Cartagena wayuu. A beleza desta cidade não está nos edifícios, está nas pessoas e nas suas histórias. Se fores como eu, com expectativas arquitetónicas, vais ficar dececionado. Mas se abrires a mente para uma experiência cultural profunda, vais descobrir algo muito mais valioso.
Ajustando as lentes culturais
Foi nessa conversa no mercado que aprendi a primeira lição fundamental: abordar a cultura wayuu requer humildade e paciência. O senhor que me vendia as pulseiras – Don Carlos, soube depois – não estava apenas a tentar fazer uma venda. Estava a partilhar uma visão de mundo completamente diferente da minha, onde cada cor tem significado espiritual e cada desenho conta uma história ancestral.
A sensibilidade cultural aqui não é opcional, é essencial. Os wayuu são um povo orgulhoso da sua identidade, mas também cauteloso com turistas que chegam à procura de exotismo barato. A dica é simples: pergunta antes de fotografar, mostra interesse genuíno pelas explicações que te dão, e nunca, mas nunca, regatees o preço do artesanato como se fosses numa feira qualquer.
O despertar wayuu: quando a magia aconteceu
A transformação da minha experiência aconteceu na manhã seguinte, quando acordei com o som dos ventos alísios a bater na janela do hotel. Tinha decidido acordar cedo (às 6h30, para ser preciso) para evitar o calor do meio-dia, e essa decisão casual acabou por ser o ponto de viragem de toda a viagem.
Estava a tomar o pequeno-almoço numa tasca local quando uma senhora na mesa ao lado começou a falar comigo em português. Fiquei completamente surpreendido – numa cidade remota da Colômbia, encontrar alguém que fala a nossa língua é quase um milagre. Soube depois que Yolanda tinha vivido no Brasil durante dez anos, trabalhando numa empresa têxtil, antes de regressar à sua terra natal.
Foi ela que me falou do Cabo de la Vela, não como destino turístico, mas como lugar sagrado wayuu. “Lá é onde os nossos ancestrais vão descansar”, disse-me, com uma seriedade que me fez perceber que não estava a falar de mais um ponto no mapa. Estava a partilhar comigo uma geografia espiritual.
Mergulho na cosmologia wayuu
O que mais me impressionou em Yolanda foi a forma natural como explicava conceitos complexos da cosmologia wayuu sem soar a manual de antropologia. Para os wayuu, explicou-me, o mundo não se divide simplesmente entre terra e mar, mas entre diferentes dimensões espirituais onde os ancestrais continuam presentes.
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Tive a sorte – e uso esta palavra conscientemente – de ser convidado para uma cerimónia de chicha numa comunidade próxima de Riohacha. Não posso dar muitos detalhes porque foi-me pedido para respeitar a privacidade do ritual, mas posso dizer que foi uma das experiências mais profundas da minha vida de viajante. Ver famílias inteiras reunidas, desde crianças até anciãos, partilhando histórias e bebendo chicha fermentada, deu-me uma perspetiva completamente nova sobre o que significa comunidade.
Importante: Este tipo de experiência não se compra num pacote turístico. Acontece através de conexões genuínas e respeito mútuo. Se tiveres a sorte de ser convidado para algo similar, lembra-te que és um hóspede privilegiado numa tradição milenar.
A arte de tecer histórias
No dia seguinte, Yolanda levou-me a uma cooperativa de artesãs wayuu nos arredores da cidade. O que vi ali mudou completamente a minha perspetiva sobre o artesanato indígena. Não são apenas “souvenirs bonitos” – cada peça é um repositório de conhecimento cultural que passa de mãe para filha há gerações.
Uma mochila wayuu tradicional pode demorar até três meses a ser tecida. Três meses! E não é só o tempo que impressiona, é a complexidade dos padrões e o significado por trás de cada desenho. A artesã que me mostrou o processo – Rosario – explicou-me que cada família tem os seus padrões únicos, como uma assinatura visual que identifica a origem da peça.
Aqui fica uma dica valiosa para o teu orçamento: Uma mochila autêntica numa cooperativa custa entre 150.000 e 300.000 pesos colombianos (cerca de 35-70 euros), dependendo do tamanho e complexidade. No mercado turístico de Cartagena, vi peças similares (mas de qualidade inferior) a ser vendidas por 400.000 pesos ou mais. A diferença é que aqui estás a pagar diretamente à artesã, garantindo que o dinheiro fica na comunidade.

O impacto do turismo responsável é real e mensurável. Rosario contou-me que a cooperativa conseguiu construir uma escola na comunidade graças às vendas dos últimos anos. Cada compra consciente contribui diretamente para a preservação da cultura wayuu e para a melhoria das condições de vida das famílias.
Riohacha prática: o que precisas mesmo de saber
Depois de três dias na cidade, tinha aprendido algumas lições práticas que gostava de ter sabido antes de chegar. A logística em Riohacha não é complicada, mas tem as suas particularidades que podem apanhar-te desprevenido se não estiveres preparado.
A melhor forma de chegar desde Cartagena é de autocarro – uma viagem de cerca de 5 horas que custa aproximadamente 60.000 pesos (14 euros). Experimentei a empresa Copetran e correu bem, apesar do ar condicionado estar mais forte que o necessário (leva sempre um casaco). Desde Santa Marta, são apenas 2 horas de viagem, uma opção mais confortável se estiveres a fazer um roteiro pela costa caribenha.
Atenção especial: Riohacha fica muito próxima da fronteira com a Venezuela, e isso significa controlos de segurança mais frequentes. Leva sempre o passaporte contigo e não te surpreendas se te pedirem para mostrar documentos várias vezes durante a estadia. É rotina, não paranóia.
Uma confusão que tive: o terminal de autocarros não fica no centro da cidade, como eu pensava. Fica a cerca de 15 minutos de táxi, numa zona mais comercial. O táxi do terminal até ao centro histórico custa cerca de 15.000 pesos (3,5 euros), mas podes negociar se não tiveres pressa.
Onde ficar (testado na pele)
Experimentei três tipos de alojamento diferentes para poder dar-te uma perspetiva completa. Para orçamentos apertados, o Hotel Gimaura (cerca de 80.000 pesos/noite) é uma opção honesta – limpo, seguro, mas básico. O ar condicionado funciona bem, que é fundamental com o calor de Riohacha.
Para um meio-termo, recomendo o Hotel Almirante Padilla (150.000 pesos/noite). Tem uma localização excelente no centro, funcionários simpáticos e um pequeno-almoço decente. Foi aqui que fiquei na maior parte da estadia.
Se quiseres dar-te ao luxo, o Taroa Lifestyle Hotel (300.000+ pesos/noite) oferece uma experiência mais sofisticada, com vista para o mar e serviços de spa. Sinceramente, achei caro para o que oferece, mas a piscina com vista para o Caribe tem o seu charme.
Dica de negociação: Fora da época alta (dezembro-janeiro e Semana Santa), consegues descontos de 20-30% se reservares diretamente no hotel, especialmente para estadias de 3+ noites. A rececionista do Almirante Padilla confessou-me que preferem reservas diretas porque não pagam comissões às plataformas online.
Comer como os locais (mas com estômago de turista)
A gastronomia wayuu foi uma descoberta constante, mas também um desafio para o meu estômago português. O prato mais tradicional é o friche (cabra guisada), que experimentei num restaurante familiar recomendado por Yolanda. O sabor é intenso e único, mas confesso que precisei de alguns dias para me habituar.
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Cuidado com a pimenta: Os wayuu usam uma variedade local de pimenta que é brutalmente picante. A sério, pensei que ia morrer com aquela primeira colherada de molho ají. Pede sempre para provar antes de adicionar à comida.
Para opções mais seguras (e saborosas), recomendo:
– Restaurante El Malecón (centro): peixe fresco grelhado, preços justos (25.000-35.000 pesos por prato)
– La Cocina de la Abuela (bairro José Antonio Galán): comida caseira wayuu adaptada para turistas, ambiente familiar
– Donde Juancho (mercado público): se quiseres uma experiência autêntica e barata (15.000 pesos por refeição completa)
Dica de segurança alimentar: Bebe sempre água engarrafada e evita saladas cruas nos primeiros dias. Não é paranóia, é prevenção. O meu estômago agradeceu esta precaução.
Além de Riohacha: expedições que valem a pena
Uma das decisões mais difíceis da viagem foi escolher entre as várias excursões possíveis desde Riohacha. Com tempo limitado (tinha apenas 5 dias), precisava de priorizar, e as escolhas que fiz acabaram por definir toda a experiência.
Cabo de la Vela: o fim do mundo wayuu
O Cabo de la Vela não é apenas um destino turístico – é um lugar sagrado wayuu onde, segundo a tradição, as almas dos ancestrais descansam eternamente. Esta dimensão espiritual torna a visita muito mais significativa do que uma simples excursão à praia.
A logística é simples mas exigente: são 2 horas de viagem desde Riohacha, das quais a última hora é em estrada de terra batida que te vai deixar com os ossos moídos. Recomendo partir de manhã cedo (7h30) para evitares o calor do meio-dia e aproveitares melhor a luz para fotografias.
Valor real da experiência: O pôr do sol visto do farol do Cabo de la Vela é genuinamente espetacular, mas o que mais me marcou foi a conversa com um guia wayuu local que me explicou a cosmologia por trás da paisagem. Para eles, cada formação rochosa tem significado espiritual – não são apenas pedras bonitas.
Acabei de receber uma mensagem de um amigo a perguntar se vale a pena fazer esta viagem, e a minha resposta é clara: sim, mas vai com a atitude certa. Se esperares conforto e comodidades turísticas, vais ficar dececionado. Se fores à procura de uma experiência cultural autêntica, vais voltar transformado.
Punta Gallinas: o extremo norte
Esta foi a decisão mais difícil: valia a pena investir dois dias e cerca de 400.000 pesos (95 euros) para chegar ao ponto mais setentrional da América do Sul? Depois de muito hesitar, decidi fazer o tour, e posso dizer que foi simultaneamente a experiência mais cara e mais memorável da viagem.
A viagem até Punta Gallinas é uma expedição a sério – 4 horas de jipe através do deserto da Guajira, passando por comunidades wayuu isoladas onde o tempo parece ter parado. O contraste entre as dunas douradas e o mar azul-turquesa é de cortar a respiração, mas o que mais me impressionou foi o silêncio absoluto do lugar.

Quando não fazer esta viagem: Se tiveres problemas de costas, claustrofobia ou orçamento muito apertado, considera outras opções. O jipe não tem ar condicionado, a estrada é brutal e o alojamento básico (redes numa cabana comunitária) não é para todos.
Do ponto de vista ambiental, esta excursão levanta questões complexas. Por um lado, o turismo traz recursos económicos essenciais para as comunidades wayuu remotas. Por outro, o aumento do número de visitantes está a criar pressão sobre um ecossistema frágil. É uma experiência única, mas que deve ser feita com consciência ambiental.
Santuário Los Flamencos: a descoberta inesperada
Esta foi uma descoberta completamente acidental, resultado de uma conversa casual com um taxista. O Santuário de Fauna e Flora Los Flamencos fica a apenas 20 minutos de Riohacha, mas poucos turistas o visitam, preferindo as excursões mais famosas.
A melhor época para ver os flamingos é entre dezembro e abril, quando migram para as lagoas salobras da região. Tive a sorte de visitar em julho e ainda consegui ver alguns exemplares, embora em menor número. O espetáculo da natureza compensa largamente os 25.000 pesos (6 euros) da entrada.
Frustração tecnológica: Claro que foi precisamente quando avistei o grupo maior de flamingos que a bateria do telemóvel morreu. Lição aprendida: leva sempre um power bank em excursões naturais. Às vezes as melhores experiências são aquelas que não conseguimos fotografar.
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O turismo de observação aqui é exemplar em termos de sustentabilidade. Os guias locais são rigorosos quanto às regras de distância e comportamento, e a taxa de entrada reverte diretamente para a conservação do santuário.
O que Riohacha me ensinou (e pode ensinar-te)
Cinco dias depois de ter chegado com expectativas confusas e preconceitos inconscientes, parti de Riohacha com uma perspetiva completamente diferente sobre turismo cultural. A lição mais importante foi perceber como os meus próprios filtros culturais estavam a limitar a experiência.
Inicialmente, estava a procurar uma versão wayuu de destinos que já conhecia – praias paradisíacas, arquitetura colonial, experiências “instagramáveis”. O que encontrei foi muito mais profundo: uma cultura viva que se adapta à modernidade sem perder a sua essência, pessoas orgulhosas da sua identidade mas abertas ao diálogo intercultural.
A viagem mudou a minha perspetiva sobre a velocidade. Estamos tão habituados ao turismo de check-list – ver o máximo no menor tempo possível – que esquecemos o valor de viajar devagar. Em Riohacha, os melhores momentos aconteceram quando abrandei, quando deixei conversas casuais transformarem-se em lições de vida.
Para ser honesto, nem sempre fiz as melhores escolhas. Houve momentos em que me comportei como turista típico – fotografando sem pedir licença, regateando preços sem pensar no impacto, focando-me mais no meu Instagram do que na experiência real. Estes erros fizeram parte do processo de aprendizagem.
Turismo responsável na prática
O impacto real das nossas escolhas de viagem torna-se muito claro numa comunidade como a wayuu. Cada peso que gastas, cada interação que tens, cada foto que partilhas nas redes sociais tem consequências reais na vida das pessoas que te recebem.
Minimizar a pegada ecológica em Riohacha significa escolhas conscientes: usar transportes partilhados em vez de táxis privados, comprar artesanato diretamente das cooperativas, escolher restaurantes locais em vez de cadeias internacionais. São pequenos gestos que, multiplicados por milhares de turistas, fazem diferença real.
A relação entre turismo e preservação cultural é complexa mas essencial. O interesse dos visitantes pela cultura wayuu cria incentivos económicos para a sua preservação, mas também riscos de comercialização excessiva. O equilíbrio está em aproximarmo-nos com respeito e humildade, reconhecendo que somos hóspedes numa cultura milenar.
Os ventos que levamos connosco
No aeroporto de Riohacha, enquanto esperava o voo de regresso, senti aqueles ventos alísios uma última vez e percebi que levava comigo muito mais do que fotografias e souvenirs. Levava uma compreensão nova sobre o que significa ser turista responsável, sobre o privilégio de conhecer culturas diferentes da nossa.
A transformação pessoal não foi dramática nem súbita – foi gradual e profunda. Riohacha ensinou-me que as melhores viagens não são aquelas que confirmam as nossas expectativas, mas aquelas que as desafiam e as expandem.
Partilha responsável tornou-se uma preocupação real depois desta experiência. Como mostrar a beleza da cultura wayuu nas redes sociais sem contribuir para a sua folclorização? Como encorajar outros a visitar sem promover o turismo de massas que pode prejudicar as comunidades locais?
Se decidires ir a Riohacha, lembra-te que não vais apenas visitar um destino – vais ser recebido por uma cultura que tem muito para ensinar sobre resiliência, comunidade e relação com a natureza. Vai com a mente aberta, o coração disponível e a humildade de quem reconhece que tem mais para aprender do que para ensinar.
A partir de dezembro de 2024, algumas coisas podem ter mudado – preços, horários, até mesmo algumas das pessoas que mencionei neste artigo. Mas os ventos de Riohacha continuarão a soprar, carregando histórias wayuu que atravessaram séculos e que, se tivermos sorte e sensibilidade, podem também transformar as nossas.
Os ventos que sopram em Riohacha não levam apenas areia e sal – levam também histórias, tradições e a sabedoria de um povo que aprendeu a viver em harmonia com uma das paisagens mais desafiadoras do planeta. Que esses ventos te inspirem a viajar não apenas com os pés, mas também com o coração.
Sobre o autor: João dedica-se a partilhar experiências reais de viagem, dicas práticas e perspetivas únicas, esperando ajudar os leitores a planear viagens mais relaxantes e agradáveis. Conteúdo original, escrever não é fácil, se precisar de reimprimir, por favor note a fonte.